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30 Obras-Primas da Literatura Mundial [volume 1] , livre ebook

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A editora Mimética oferece aos seus leitores 30 obras-primas da literatura mundial num único volume:
- Alighieri, Dante: “A Divina Comédia”
- Austen, Jane: “Persuasão”
- Balzac, Honoré de: “Ilusões Perdidas”
- Brontë, Anne: “Agnes Grey”
- Brontë, Charlotte: “Jane Eyre”
- Cervantes, Miguel de: “Dom Quixote”
- Cooper, James Fenimore: “O Último Moicano”
- Dickens, Charles: “David Copperfield”
- Dostoiévski, Fiódor: “Crime e Castigo”
- Dumas, Alexandre: “Os Três Mosqueteiros”
- Eliot, George: “O Moinho à Beira do Rio Floss”
- Flaubert, Gustave: “Madame Bovary”
- Goethe, Johann Wolfgang von: “Fausto”
- Gogol, Nikolai: “Almas Mortas”
- Homero: “Ilíada”
- Homero: “Odisseia”
- Hugo, Victor: “Os Miseráveis”
- Maupassant, Guy de: “Bel-Ami”
- Pessoa, Fernando: “Livro do Desassossego”
- Poe, Edgar Allan: “Os Crimes da Rua Morgue”
- Queirós, Eça de: “Os Maias”
- Scott, Walter: “Ivanhoe”
- Shakespeare, William: “Hamlet”
- Sienkiewicz, Henryk: “Quo Vadis”
- Stevenson, Robert Louis: “A Ilha do Tesouro”
- Swift, Jonathan: “As Viagens de Gulliver”
- Tolstoi, Lev: “Guerra e Paz”
- Twain, Mark: “As Aventuras de Huckleberry Finn”
- Verne, Jules: “Vinte Mil Léguas Submarinas”
- Wilde, Oscar: “O Retrato de Dorian Gray”
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Publié par

Date de parution

05 mai 2025

EAN13

9789897789380

Langue

Português

Poids de l'ouvrage

2 Mo

30 OBRAS-PRIMAS DA LITERATURA MUNDIAL
[volume 1]
t í tulo | 30 obras-primas da literatura mundial. volume 1
tradu çã o | a. m. santos
capa | mim é tica
pagina çã o | mim é tica
copyright | 2019 © mim é tica para a presente edi çã o
 
esta edi çã o respeita o novo acordo ortogr á fico da l í ngua portuguesa
Í ndice
 
 
 
Alighieri, Dante: “A Divina Comédia”
Austen, Jane: “Persuasão”
Balzac, Honoré de: “Ilusões Perdidas”
Brontë, Anne: “Agnes Grey”
Brontë, Charlotte: “Jane Eyre”
Cervantes, Miguel de: “Dom Quixote”
Cooper, James Fenimore: “O Último Moicano”
Dickens, Charles: “David Copperfield”
Dostoiévski, Fiódor: “Crime e Castigo”
Dumas, Alexandre: “Os Três Mosqueteiros”
Eliot, George: “O Moinho à Beira do Rio Floss”
Flaubert, Gustave: “Madame Bovary”
Goethe, Johann Wolfgang von: “Fausto”
Gogol, Nikolai: “Almas Mortas”
Homero: “Ilíada”
Homero: “Odisseia”
Hugo, Victor: “Os Miseráveis”
Maupassant, Guy de: “Bel-Ami”
Pessoa, Fernando: “Livro do Desassossego”
Poe, Edgar Allan: “Os Crimes da Rua Morgue”
Queirós, Eça de: “Os Maias”
Scott, Walter: “Ivanhoe”
Shakespeare, William: “Hamlet”
Sienkiewicz, Henryk: “Quo Vadis”
Stevenson, Robert Louis: “A Ilha do Tesouro”
Swift, Jonathan: “As Viagens de Gulliver”
Tolstoi, Lev: “Guerra e Paz”
Twain, Mark: “As Aventuras de Huckleberry Finn”
Verne, Jules: “Vinte Mil Léguas Submarinas”
Wilde, Oscar: “O Retrato de Dorian Gray”
 
Alighieri, Dante: “A Divina Comédia”
 
 
 
Inferno
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Purgatório
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Paraíso
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Inferno
1
 
Dante, perdido numa selva escura, erra nela toda a noite. Saindo ao amanhecer, come ç a a subir por uma colina, quando lhe atravessam a passagem uma pantera, um le ã o e uma loba, que o repelem para a selva. Aparece-lhe ent ã o a imagem de Virg í lio, que o reanima e se oferece a tir á -lo de l á , fazendo-o passar pelo Inferno e pelo Purgat ó rio. Beatriz, depois, o guiar á ao Para í so. Dante o segue.
 
 
Da nossa vida, em meio da jornada, Achei-me numa selva tenebrosa, 3   Tendo perdido a verdadeira estrada. Dizer qual era é coisa t ã o penosa, Desta brava espessura a asperidade, 6   Que a mem ó ria a relembra inda cuidosa. Na morte h á pouco mais de acerbidade; Mas para o bem narrar l á deparado 9   De outras coisas que vi, direi verdade. Contar n ã o posso como tinha entrado; Tanto o sono os sentidos me tomara, 12   Quando hei o bom caminho abandonado. Depois que a uma colina me cercara, Onde ia o vale escuro terminando, 15   Que pavor t ã o profundo me causara. Ao alto olhei, e j á , de luz banhando, Vi-lhe estar à s espaldas o planeta, 18   Que, certo, em toda parte vai guiando. Ent ã o o assombro um tanto se aquieta, Que do peito no lago perdurava, 21   Naquela noite atribulada, inquieta. E como quem o an é lito esgotava Sobre as ondas, j á salvo, inda medroso 24   Olha o mar perigoso em que lutava, O meu â nimo assim, que treme ansioso, Volveu-se a remirar vencido o espa ç o 27   Que homem vivo jamais passou ditoso. Tendo j á repousado o corpo lasso, Segui pela deserta falda avante; 30   Mais baixo sendo o p é firme no passo. Eis da subida quase ao mesmo instante Assoma á gil e r á pida pantera 33   Tendo a pele por malhas cambiante. N ã o se afastava de ante mim a fera; E em modo tal meu caminhar tolhia, 36   Que atr á s por vezes eu tornar quisera. No c é u a aurora j á resplandecia, Subia o sol, dos astros rodeado, 39   Seus s ó cios, quando o Amor divino um dia A tais primores movimento h á dado. Me infundiam desta arte alma esperan ç a 42   Da fera o dorso alegre e mosqueado, A hora amena e a quadra doce e mansa. De um le ã o de repente surge o aspeto, 45   Que ao meu peito o pavor de novo lan ç a. Que me investisse ent ã o cuido inquieto; Com fome e raiva atroz fronte levanta; 48   Tremer parece o ar ao seu conspeto. Eis surge loba, que de magra espanta; De ambi çõ es todas parecia cheia; 51   Foi causa a muitos de mis é ria tanta! Com tanta intensa torva çã o me enleia Pelo terror, que o cenho seu movia, 54   Que a mente à altura n ã o subir receia. Como quem lucro anela noite e dia, Se acaso o tempo de perder lhe chega, 57   Rebenta em pranto e triste se excrucia, A fera assim me fez, que n ã o sossega; Pouco a pouco me investe at é lan ç ar-me 60   L á onde o sol se cala e a luz me nega. Quando ao vale eu j á ia baquear-me Algu é m fraco de voz diviso perto, 63   Que ap ó s largo sil ê ncio quer falar-me. Tanto que o vejo nesse gr ã o deserto, — “ Tem compaix ã o de mim ” — bradei transido — 66   “ Quem quer que sejas, sombra ou homem certo! ” “ Homem n ã o sou ” tornou-me — “ mas hei sido, Pais lombardos eu tive; sempre amada 69   M â ntua lhes foi; haviam l á nascido. “ Nasci de J ú lio em era retardada, Vivi em Roma sob o bom Augusto, 72   Quando em deuses havia a cren ç a errada. “ Poeta, decantei feitos do justo Filho de Anquises, que de Troia veio, 75   Depois que Í lion soberbo foi combusto. “ Mas por que tornas da tristeza ao meio? Por que n ã o vais ao deleitoso monte, 78   Que o prazer todo encerra no seu seio? ” “— Oh! Virg í lio, tu é s aquela fonte Donde em rio caudal brota a eloqu ê ncia? ” 81   Falei, curvando vergonhoso a fronte. — “Ó dos poetas lustre, honra, emin ê ncia! Valham-me o longo estudo, o amor profundo 84   Com que em teu livro procurei ci ê ncia! “É s meu mestre, o modelo sem segundo; Unicamente é s tu que h á s-me ensinado; 87   O belo estilo que honra-me no mundo. “ A fera v ê s que o passo me h á vedado; S á bio famoso, acode ao perseguido! 90   Tremo no pulso e veias, transtornado! ” Respondeu, do meu pranto condo í do; “ Te conv é m outra rota de ora avante 93   Para o lugar selvagem ser vencido. “ A fera, que te faz bradar tremente, Aqui passar n ã o deixa impunemente; 96   Tanto se op õ e, que mata o caminhante. “ Tem t ã o m á natureza, é t ã o furente, Que os apetites seus jamais sacia, 99   E fome, impando, mais que de antes sente. “ Com muitos animais se consorcia, H á de a outros se unir t é ser chegado 102   Lebr é u, que a leve à h ó rrida agonia. “ Por ouro ou por poder nunca tentado Saber, virtude, amor ter á por norte, 105   Sendo entre Feltro e Feltro potentado. “ Ser á da humilde It á lia amparo forte, Por quem Camila a virgem dera a vida, 108   Turno Eur í alo, Niso acharam morte. “ Por ele, em toda parte, repelida Ir á lan ç ar-se no infernal assento, 111   Donde foi pela Inveja conduzida. “ Agora, por teu prol, eu tenho o intento De levar-te comigo; ir-te-ei guiando 114   Pela est â ncia do eterno sofrimento, “ Onde, estridentes gritos escutando, Ver á s almas antigas em tortura 117   Segunda morte a brados suplicando. “ Outros ledos ver á s, que, em prova dura Das chamas, inda esperam ter o gozo 120   De Deus no pr é mio da imortal ventura. “ Se l á subir quiseres, um ditoso Esp í rito, melhor te ser á guia, 123   Quando eu deixar-te, ao reino glorioso. “ Do c é u o Imperador, a rebeldia Minha à lei castigando, n ã o consente 126   Que eu da cidade sua haja a alegria. “ Em toda parte impera onipotente, Mas tem no Emp í reo sua augusta sede: 129   Feliz, por ele, o eleito à gl ó ria ingente! ” — “ Vate, rogo-te ” — eu disse — “ me concede, Por esse Deus, que nunca h á s conhecido, 132   Porque este e maior mal de mim se arrede. “ Que, at é onde disseste conduzido, À porta de S ã o Pedro eu v á contigo E veja os maus que houveste referido ” . 136   Move-se o Vate ent ã o, ap ó s o sigo.
 
1.   Em meio   etc. Aos 35 anos. Dante tinha 35 anos no dia 25 de mar ç o de 1300, ano no qual o papa Bonif á cio VIII proclamou o primeiro Jubileu. — 2.   Tenebrosa   etc., simb ó lica selva dos v í cios humanos. — 32.   Pantera , s í mbolo da lux ú ria e da fraude; politicamente, de Floren ç a. — 44.   Um le ã o , s í mbolo da soberba e da viol ê ncia; politicamente, da Fran ç a. — 40.   Loba , s í mbolo da avareza e da incontin ê ncia; politicamente da C ú ria Romana. — 62.   Algu é m   etc., o poeta Virg í lio Maro, s í mbolo da raz ã o humana. — 105.   Entre Feltro   e   Feltro , entre Montefeltro e Feltro. — 122.   Esp í rito melhor , Beatriz, a mulher que Dante amou.
 
2
 
Depois da invoca çã o à s Musas, Dante, considerando a sua fraqueza, duvida de aventurar-se na viagem. Dizendo-lhe, por é m, Virg í lio, que era Beatriz quem o mandava, e que havia quem se interessava pela sua salva çã o, determina-se segui-lo e entra com o seu guia no dif í cil caminho.
 
 
Fora-se o dia; e o ar, se enevoando, Aos animais, que vivem sobre a terra, 3   As fadigas tolhia; eu s ó , velando, Me aparelhava a sustentar a guerra Da jornada, assim como da piedade, 6   Que vai pintar mem ó ria, que n ã o erra. Ó Musas! Ó do g ê nio potestade! Valei-me! Aqui, ó mente, que guardaste 9   Quanto vi, mostra a egr é gia qualidade. “ Poeta ” , — assim falei, — “ que come ç aste A guiar-me, v ê bem se em mim persiste 12   Calor que, à empresa que me fias, baste. “ Que o pai do S í lvio fora, referiste, Corrut í vel ainda, at é o inferno 15   Sem perder o que em corpo humano existe. “ Se do mal assim quis o imigo eterno, Origem vendo nele do alto efeito, 18   O que e o qual, segundo o que discerno, “ Pela raz ã o bem pode ser aceito; Que para Roma e o imp é rio se fundarem 21   Fora no c é u por genitor eleito; “À qual e ao qual cabia aparelharem, Dizendo-se a verdade, o lugar santo 24   Aos que do maior Pedro o s ó lio herdaram. “ Nessa empresa, em que o h á s louvado tanto, Coisas ouviu, de que surgiu motivo 27   Ao seu triunfo e ao pontif í cio manto. “ L á foi o V

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