A donzela de lynche
107 pages
Português

Vous pourrez modifier la taille du texte de cet ouvrage

Découvre YouScribe en t'inscrivant gratuitement

Je m'inscris

A donzela de lynche , livre ebook

Découvre YouScribe en t'inscrivant gratuitement

Je m'inscris
Obtenez un accès à la bibliothèque pour le consulter en ligne
En savoir plus
107 pages
Português

Vous pourrez modifier la taille du texte de cet ouvrage

Obtenez un accès à la bibliothèque pour le consulter en ligne
En savoir plus

Description

Mesmo casada, Druscilla continuava pura como uma flor, em seu leito nupcial, Druscilla espera ansiosa por Valdo, o belo Marquês de Lynche, que a tomara como esposa. Já era tarde, e ela temia que ele não aparecesse mais. "Com certeza, está em companhia de uma de suas ardorosas amantes!", pensava ela, entristecida. Enxergara tarde demais, o amor que sempre nutria por ele. Valdo, afinal, era diferente de todos os outros homens que ela tragicamente, conhecera no passado. Ele, não seria capaz de possuí-la à força. Sendo assim, que outra atitude esperar de que seu marido, depois de tê-lo ameaçado de morte, com uma pistola, em retribuição aos beijos repletos de paixão, que ele a presenteara após o casamento? Seria o Destino capaz de separar, o que inevitavelmente, era impossível evitar; o encantamento do amor?

Informations

Publié par
Date de parution 14 septembre 2015
Nombre de lectures 0
EAN13 9781782139270
Langue Português

Informations légales : prix de location à la page 0,0050€. Cette information est donnée uniquement à titre indicatif conformément à la législation en vigueur.

Extrait

A Donzela de Lynche

Barbara Cartland

Barbara Cartland Ebooks Ltd

Esta Edição © 2017
Título Original: “The Audacious Adventuress “
Direitos Reservados - Cartland Promotions 2016

Capa & Design Gráfico M-Y Books
m-ybooks.co.uk
CAPÍTULO I
A porta abriu-se e o Marquês de Lynche entrou abruptamente na sala de estudos.
Virando-se, deparou com uma moça que o fitava com o olhar assustado.
—Não se aflija!— sussurrou ele, enquanto trancava a porta—, vou me esconder aqui só por alguns minutos.
Ao pronunciar essas palavras, o Marquês notou, que o rosto da jovem se tranquilizava.
Aproximando-se mais dela, constatou qualquer coisa de familiar no sorriso singelo, no olhar expressivo.
—Acho que a conheço!— ele exclamou enfim—, por acaso já nos vimos antes?
Mas era quase impossível isso ter acontecido! O Marquês, alto, de ombros largos, muitíssimo atraente, vestia-se conforme a última moda, o paletó de cetim azul caía-lhe sem uma ruga, e a imaculada camisa denunciava a paciência de alguém que a pregueara num trabalho perfeito.
A moça, por sua vez, tinha um aspecto bastante medíocre. Os cabelos puxados para trás, formavam um coque na nuca. E seu traje, de fazenda muito barata, era escuro como o de uma criada.
Ela continuou com o bordado, que executava num vestido de crepe rosa pálido.
—Pensando bem, por que hei-de conhecê-la?— o Marquês se indagou novamente ao ver que não obteria resposta.
A jovem o encarou mais uma vez, com olhos brilhantes agora. Eram olhos enormes que, à luz das velas, pareciam quase verdes.
—Ah, já sei!— ele falou, admirado—, você é Druscilla! Santo Deus! É a última pessoa que esperava encontrar aqui!
—Sinto-me honrada por constatar que me reconheceu, primo Valdo— respondeu ela, com modéstia.
O Marquês de Lynche pegou uma cadeira e sentou-se.
—Druscilla, por tudo que é sagrado, juro que em várias ocasiões fiquei imaginando o que lhe teria acontecido.
—Papai saiu de Lynche logo após a morte de sua mãe. Ele não se entendeu com a Marquesa que ocupou a mansão posteriormente.
—E quem se daria bem com ela? Mas para onde foram você e seu pai?
—Para Ovington. Lá, meu pai morreu.
—Meus pêsames, Druscilla. E o que faz neste lugar?
—Sou governanta da filha de Sua Graça.
Uma governanta! Não havia nada melhor para você fazer?
—O que sugeriria a uma jovem órfã, sem posses e sem in fluência social?
Sua família deveria cuidar de você.
—Papai cortou relações com todos os parentes de mamãe. Sempre achou que o desprezavam e se ressentiam pelo fato de ele, um plebeu, ter-se casado com uma mulher da nobreza. Por isso, fiquei completamente isolada de todos.
—Isso é ridículo! Seu pai tinha suas razões para tomar essa atitude mas, com você, a coisa é diferente; é minha prima!
—Não tão próxima assim. Vovó era irmã de sua avó! Somos primos em segundo grau.
—Porém, primos, não? Tenho de fazer algo por você.
—Não se preocupe. E, por favor, não chame a atenção de ninguém sobre nosso parentesco. Por enquanto, tudo vai bem nesta casa.
—Que quer dizer com “por enquanto”, Druscilla?
—Minha vida não tem sido fácil, e pode ficar pior se alguém descobrir você aqui. Por Deus, Valdo, vá embora e esqueça que eu existo!
—De maneira nenhuma! Além disso, tenho um motivo pa ra estar nesta sala.
—E qual é?
No mesmo instante, como resposta à indagação de Druscilla, um verdadeiro pandemônio explodiu no corredor: o som de trombetas de caça misturava-se a risadas masculinas e a gritos de mulheres. Tudo isso passou pela porta da sala de estudos.
—Ele fugiu! Ele fugiu!— diziam.
O Marquês percebeu que Druscilla ficara tensa. A mão delicada, encostada ao peito, parecia tentar apaziguar o tumulto que lhe ia dentro. O barulho do outro lado era ensurdecedor.
De súbito, alguém girou o trinco da porta na tentativa de entrar na sala, e uma voz feminina exclamou:
—Está trancada, ele não pode ter se escondido aí!
Então, os gritos e o clamor das trombetas de caça foram diminuindo gradualmente de intensidade através do corredor.
—Viu por que me escondi?— Valdo perguntou a Druscilla.
—Essas mulheres estão atrás de você?
—Dois de nós fomos escolhidos, dois homens solteiros. Imagina para que, não? Meu Deus, Druscilla, garanto-lhe que depois dessa experiência tenho até pena das raposas.
—Por que aceita esse tipo de brincadeira?
—E como posso recusar? É impossível, sem que me tomem por tolo. Mas já aprendi que, em tais circunstâncias, o melhor é concordar e, depois, conduzir-se os fatos como bem entender.
Druscilla sorriu e falou:
—Você sempre fez o que quis, Valdo, sem jamais se preocupar com o que as outras pessoas pudessem sofrer em conseqüência de seus atos.
—Que quer dizer com isso?
—Apenas que, nas últimas férias que passamos juntos, em Lynche, eu fui castigada, depois de sua volta a Eton, porque minha bola foi encontrada na estufa. E você sabe quem a jogou lá.
—Pobre Druscilla! Garanto que nunca me acusou.
—É verdade! O que foi tolice minha. O herdeiro da casa teria sido perdoado facilmente por uma traquinagem, qualquer que fosse ela, enquanto eu era apenas a filha travessa do vigário local.
—E o que aconteceu a você?
—Oh, uma boas palmadas e só pão e água no jantar. Não foi novidade para mim, contudo.
—Por favor, aceite minhas desculpas pelos pecados do passado, Druscilla.
—A única coisa de que gostaria é que você saísse desta sala, e já.
—Por que está tão ansiosa por livrar-se de mim?
Porque alguém pode encontrá-lo aqui. Imagine só os comentários que surgiriam! Ademais, Sua Graça só me contratou com a condição de que…
Ela parou de falar subitamente.
—Complete sua justificativa— o Marquês exigiu.
—Muito bem, Sua Graça me contratou com a condição de que eu não ficasse de namoros sob seu teto— Druscilla parecia furiosa.
—Namoros?
—Se você e ela pensam que eu me envolveria com um homem de classe social a que pertencem, estão muito enganados. Homens da sua posição só querem mulheres como eu para uma única finalidade… uma apenas, se divertirem. Homens são animais, todos eles! Quanto menos contato tiver com eles, tanto melhor para mim!
Druscilla comprimiu os lábios e apanhou seu trabalho.
—Vá embora, Valdo, e esqueça que me viu.
—Algum homem deve ter ferido você, e muito. Quem poderia ter sido?
—Não apenas um homem, querido primo, mas o pai, o filho, o tio, o prezado amigo da família que eles queriam presentear, uma infinidade de homens. Aliás, um pior que o outro, todos ávidos de uma pequena aventura num canto da casa, sabendo que a mísera criada insultada não ousaria sequer reagir ou se queixar; e, se algo fosse descoberto, apenas ela cairia em desgraça.
—Tildo isso me parece inacreditável— o Marquês declarou.
—Não me acredita? Acha que foi agradável ter sido jogada na rua de seis diferentes empregos que ocupei no período de três anos? E depois rastejar para conseguir trabalho aqui, como se se tratasse de grande condescendência da parte da dona da casa, de uma ação de caridade!
Após uma pausa, Druscilla perguntou:
—Você me entende agora? Vai sair desta sala para não destruir minha última chance, talvez, de levar uma vida decente, sem ser molestada?
O Marquês levantou-se, visivelmente perturbado.
—Vou, Druscilla, porque está me pedindo, mas não me esquecerei disso tudo. Quero falar com nossa família. Você não pode continuar vivendo assim.
—Deixe-me em paz. Não desejo caridade de meus parentes. Eles desprezaram minha mãe por ter se casado com um Ministro da Igreja, e não me tratarão com bondade. Tire-me de sua cabeça, Valdo. Não se lembrou de mim por nove anos, não há razão para se preocupar com meus problemas agora.
—Nove anos! Bom Deus! Tanto assim? Mas não é justo, Druscilla, que você...
As palavras do Marquês morreram-lhe na boca, pois ouviu-se uma pancada na porta. Druscilla levantou-se de um salto, e o terror estampoú-se em seu rosto. Nas pontas dos pés, ela se dirigiu ao outro extremo da sala, onde havia uma passagem para um quarto de dormir.
À luz fraca de uma vela, o Marquês pode distinguir uma criança dormindo num berço. Ao lado, havia uma cama, obviamente pertencente a Druscilla.
Ele entrou no quarto e apenas encostou a porta. Desse modo, poderia ver o que se passaria na sala de estudos.
Ouviu-se uma segunda pancada na porta, e Druscilla indagou, com voz tensa:
—Quem é?
—Sou eu, miss Morley—, a voz era de mulher.
—Oh, sim, Deane!
Com grande alívio, Druscilla a fez entrar. Pela porta entreaberta do quarto, o Marquês divisou uma mulher de meia-idade, gorda, com um uniforme de empregada. Carregava uma bandeja e a colocou sobre a mesa.
—Trouxe seu jantar, miss Morley.
—Que amável!— Druscilla exclamou.
—Tomei a bandeja das mãos de Ellen. A pobre moça está quase morta de cansaço. Mandei-a para a cama. Amanhã vou repreender os cozinheiros. Eles não têm o direito de fazê-la trabalhar tanto, nem de atrasar seu jantar dessa maneira!
—Devem estar muito ocupados. Além disso, não tenho fome.
—Pois deveria ter. Vem trabalhando nesse bordado o dia todo, e nem parece que ainda há muito a fazer para terminá-lo.
—Preciso de mais três horas. Sua Graça quer o vestido para amanhã.
—Para impressionar o novo namorado, aposto!— Deane sorriu—, entendo bem, pois nunca vi homem mais atraente que o Marquês. Meu coração bate com força só de olhar para ele e é incrivelmente superior ao último amante de Sua Graça.
—Verdade?!
Druscilla estava embaraçada, Valdo notou. Mas a empregada pareceu não perceber nada, e prosseguiu:
—Foi sir Andrew Blackett! Que horror de homem! Eu não podia permitir que nenhuma daquelas jovens criadas, chegassem perto do quarto dele. Conheço esse tipo de homem assim que ponho os olhos nele. E, quando a coitadinha da Gladys veio a mim chorando, fui conversar com ele e lhe dei uma boa lição.
—Fez muito bem! — Druscilla murmurou.
—E por causa dele mesmo a pobre miss Lovelace foi despedida.
—É?
—Sem dúvida. Sua Graça surpreendeu-o conversando com miss Lovelace. Ele jurou que estava apenas se despedindo da moça. Porém, Sua Graça achou que miss Lovelace tinhas face

  • Univers Univers
  • Ebooks Ebooks
  • Livres audio Livres audio
  • Presse Presse
  • Podcasts Podcasts
  • BD BD
  • Documents Documents